sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tua atenção voa tão longe, nada que eu faço te importa. Tudo que mais amava, eu joguei pra cima; meus cabelos negros e lisos eu deixei escorrer pela pia; alguns litros de sangue rolaram pelas paredes de vidro do boxe, junto aquelas lágrimas que você sabe bem que foram para você. Muitas das minhas palavras eu vomitei, uma por uma, sobre aquele pedaço de ferro circular que eu te comprei. Tua vontade cavou bem fundo nessa terra arada de desconfiança e não quer emergi. Eu digo palavras doces.. tu vira a cara e vai embora. Eu seguro a tua mão com angustia de te ver indo, mas seus olhos me encontram de uma forma estranha e sinto sua força pra sair. As promessas já se formam sem verdade, o beijo já não tem tempo nem sentimento como antes.. e o pior de tudo é que o ‘antes’ ainda está fresco na minha memória, ele agora me faz sofrer como outrora me trazia felicidade. Nossas brincadeiras, que antes eram cercadas de amizade, hoje afogam-se nesse mar de “deixa como está”. Você anda cometendo os meus próprios erros. Não sei se por vingança, mas se for, saiba que já doeu o suficiente.
Bruno Simão  

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