domingo, 5 de fevereiro de 2012


As coisas já foram mais fáceis um dia, as coisas já foram melhores um dia, eu já fui mais completa e nunca pensei em chegar aos meus dezoitos anos abrir minha mala e ter comigo apenas nostalgias.Meus amigos mudaram, uns me trocaram pela promiscuidade da vida, outros por estudarem demais, outros por trabalharem demais, e outros por terem se cansado de mim. Me encontro sozinha, sim, ainda tenho meus pais vivos algo que eu devo agradecer e meu irmão que apesar de ser chato é meu irmão, e posso dizer que com a companhia dele não me sinto tão sozinha assim, até porque ele me chama de cinco em cinco minutos para ver minha cachorra de estimação dormir, sim ela é linda, já me cansei de tanto abraçar ela feito um urso de pelúcias e apenas chorar. E sim eu tenho um amor, esse que me enriquece e me da força mais que na maioria me desola, me maltrata, me faz cair sobre ruina e piorar todas as coisas, sempre penso em desistir dele, como se um peso fosse se livrar de minhas costas, mais sei bem como é minha vida sem ele, pois apesar dos apesares ele foi o único que ainda não foi embora, que mesmo tendo me virado as costas várias vezes ainda continua aqui aguentando minhas crises de existência, e mesmo sendo grosso nessas crises me acalma após ver que estava errado, me dá colo, me acalanta, me traz paz do abraço e acima de tudo ainda me ama, até mais do que eu mesma possa me amar. Eu não sou tão boa quanto pensam que eu sou e nem tão ruim também, eu sou alguém que ainda não se descobriu, eu não sei do que gosto, nem que rumo quero tomar, apenas sei que em meu “mundo imaginário da escrita” eu posso de alguma forma me encontrar isso é bom, mais é ruim também quando caio no real e vejo que terei de encarar a vida, eu sinceramente não estou pronta pra isso. Lágrimas se formam todos os dias em meus olhos à noite quando estou sozinha e perdida dentro de mim mesma, não gosto de transparecer tristeza perto de meus pais, mais quando as luzes se apagam eu desmorono, me falta o ar, o sono some, as lagrimas aparecem, e eu viajo nos momentos ruins, me devoro. E é em dias como hoje, que me encontro sozinha em casa ouvindo uma musica pra me deixar pior ainda que eu sinto falta dos meus amigos, que de amigos não tiveram nada, mais a companhia deles me fazia bem demais, eu podia sorrir, eu podia ser alguém melhor, eu não tinha medo de nada, hoje posso me conjugar no presente perdedora. Não fiz as escolhas certas e por isso me encontro caindo um pouco a cada dia, não sei como me levantar. Não tenho alto estima, não tenho beleza, não tenho “amigos”, nem sei ao menos se este “amor” ira suportar o próximo temporal que sei que esta por vir, a única certeza é de que tenho Deus, e é por ele que eu não desisti até hoje, por ele e por meus pais, esses que ando decepcionando tanto. Sinceramente eu não sei como vai ser minha vida daqui pra frente, só sei que assim não da pra viver, e nem sobreviver. Vocês não podem entender, nem eu me entendo, ainda não sei quem sou.
- Andressa, desabafo (c-o-l-o-m-b-i-n-a)

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