” Oi, se lembra de mim? Sou eu, a sua pequena. Aquela que viveu todos os dias intensamente ao seu lado. Aquela que chorou por medo de te perder. A que sonhou ao seu lado, brincou ao seu lado. Se lembra das coisas que você dizia? As promessas? Os nomes? Não se lembra? Não lembra dos momentos que passamos e que prometemos que não iríamos esquecer? Não se lembra de nenhuma menina, pequena. De uma com o sorriso mais errado, com o cabelo bagunçado. Com as roupas amarrotadas, dos olhos brilhantes? Não se lembra dos palavrões solto por raiva. Do ciúme acima de tudo. Dos abraços apertados? Não se lembra dos planos? Mas por favor, diga que se lembra da sensação de estar perto de mim. Só isso, só me dia que não se esqueceu das borboletas. Fala que lembra, por favor. Eu preciso disso. Mas pelo menos se lembra do meu nome, ou do que eu era para ti? Não? Mas você prometeu não me esquecer. Me jurou solenemente seu amor. Prometeu me dá motivos de sorrir. E nunca, nunca me deixar. Disse que eras para sempre. E que se algo se quebrasse, você correria atrás para concertar. Mas algo deu errado né? Você se foi, ou será que ainda vai voltar? Porque tudo isso? Jura pra mim que vai passar, e que essa dor é sintomas de amor. E que com remédio cura. Diz que vai voltar, e que tudo isso é um pesadelo. Não me faz chorar novamente. Estou fraca. Diz que essa noite a unica coisa que vai ter de molhado vai ser o chuveiro, e que meu travesseiro vai estar seco. Diz que vai ser quente essa noite, e que vou dormir sabendo que você irá me mandar uma mensagem de bom dia. Diz que iremos a igreja e todos os pesadelos serão só pesadelos. Diz, por favor. Sussurre. Lhe imploro. 

Júlia. Tua-Idiota.