segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012


Saia desse teu mar de rosas, que tanto te sufoca, que tanto te aconchega na solidão -Dizia para si mesma. Ah, mas só dizia, não mexia um dedo, ficava ali parada… Coitada, se afogava nas suas próprias magoas e paulatinamente ia se afundando. Não havia quem a resgatasse, sempre que alguém tentava a salvar, chorava, ai o rio transbordava. Ela ia cada vez mais no fundo do poço. Não sei, complicada essa garota. Se banhava em um lago repleto de crocodilos. Estava desfalecendo por dentro e por fora. Teimosa, nadava até bem no fundo do mar, sobia na banca de areia, e corria. Se afogava, engolia água, e não aprendia! Era sempre a mesma coisa, tudo se repetia, e a pobre menina se entristecia de novo e de novo. Ainda bem que ela cresceu; Ou apenas tomou mais uma dose de medo. Se recolheu. Ficou em seu canto. Se escondeu em sua carcaça. Mas agora é medrosa de mais, é sempre assim, não existem meio termos para ela. Ou é sim ou é não. Ou é doce ou é amargo. Ou é gentil ou é grossa. Ou é tudo ou é nada. 
Mas não tenha pena, não… Por favor, ela mereceu, para aprender, talvez uma parte da culpa seja dela; Era drama de mais, afinal se apegará muito aos seus sentimentos, ela dependia da felicidade dos outros para viver. Teve que cair. Todos tem que sofrer o que ela sofreu, talvez só assim esse mundo seria mais calado, talvez só assim quem machucaria alguém engoliria o veneno do outro. Mas não sei, não sei o porquê de tanta bagunça nesse planeta, uns machucam e o resto engole a seco. - e pensará que ela fazia parte desse resto, mas passou por cima. Ah, passar por cima… Algo que todos deveriam fazer, para serem felizes, talvez - Ó mundo cruel que te cobre, todos são muito fortes para aguentar a pressão que os cerca, e aquela pequena boneca de vidro que tanto era quebrada… Aprendeu a cortar.
A pequena, é assim que espero.

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