quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Não vim ao mundo para agradar ninguém e nem para deixar minhas essências jogadas a cada opinião destrutiva de pessoas que acham ser superiores aos outros, mal elas sabem que não passam de um reflexo mesquinho em frente ao espelho sujo de egoísmo, arrogância e uma boa pitada de ignorância. Fui educada pelos meus pais para respeitar as pessoas, mais eles se esqueceram de mencionar um grande detalhe, nem todos também foram educados assim e sempre no meio do caminho vai ter alguém em forma de pedra pronto para fazer você tropeçar e cair, pronto para cuspir palavras chulas do bueiro que eles chamam de boca e é ai que meu escudo de menina simpática, educada e forte se desfaz, é ai que infelizmente deixo a voz engrossar e o dicionário de palavrões se vê aberto, um dos meus defeitos e esse, ainda não ter aprendido a ignorar e estupides de alguns humanos. Na verdade em meu vocabulário as palavras sábias guardo apenas para quem sabe aprecia-las, e as de baixo calão sempre saem de mim quando vejo o quanto algumas pessoas são tão ruins ao ponto de preferirem cuidar da vida dos outros do que de sua própria. Bom seria viver em um lugar onde cada um procurasse apenas viver em função de cogitar seu bem e o bem ao próximo, e usasse as palavras para fazer poema e não bala de canhão, mais a maioria das pessoas é assim, insignificante. E de alguma maneira, apesar de tudo que já aprendi na vida, tenho que aprender um bocado mais, pois de alguma forma a menina que cultivei dentro de mim não quer sair e dar espaço para a mulher que devo me tornar, ai esta mais um defeito para minha coleção, ser sensível e frágil como as bonecas na vitrine. Mais de uma coisa tenho certeza, sinto orgulho por ser quem sou aos meus dezoito anos, sem promiscuidade ou vaidade, apenas sinto gula de me alimentar de conhecimento… Sinto orgulho por me dar valor, por dar valor aos que amo e realmente amar, e infelizmente sou uma das poucas que não usa mascaras para sair eviver por ai, talvez esse seja o pior dos meus defeitos, não conseguir guardar meus medos, anseios, sentimentos apenas para mim, tenho sempre que explodir eles em gesto, palavras, lagrimas e qualquer que seja forma de agir ou interagir, e sei também que não sou compreendida por ninguém, mais volto a dizer, não nasci para os outros e sim para mim e para aqueles que tem também capacidade de sentir e não apenas julgar, aqueles que tem capacidade de enxergar além da sua própria ignorância. Não sou para todos, sou para poucos, e esses poucos me bastam. 
- Andressa (petalas-de-outrora)

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