sábado, 11 de fevereiro de 2012


Olhos que se avistam e se desenham como sendo solitárias, mãos que vagam em seu próprio corpo, e ele sendo acompanhado apenas de si mesmo, braços cansados de tanto buscar algo no vazio existente dentro do vento que bate,conjunto solitário de um corpo que sabe apenas pairar sobre o solo, esse duro e gélido solo que mantem seu corpo ainda em pé. Todo esse avesso de pouca vida se fez com sua partida, com a decolagem do pedaço que o completava, com a ausência do único motivo de sorriso, o aglomerado de amor se dissipou e do nós restou apenas o eu, esse ser único que tenta subtrair do ar um pouco de oxigênio pra sobreviver, procurando não olhar muito para o céu pois os raios solares o cegam. Esse sozinho sou eu… Tenho uma gaveta repleta de vestígios seus, assim com as paredes, cada móvel, cada gota de agua que cai do chuveiro, cada lençol desarrumado, cada perfume agridoce, cada coisas supérflua que ronda minha rotina que hoje se tornou desgastante. Posso me bastar, logo eu que sempre fui o melhor de mim, logo eu que tenho graduação na área de sersuperior aos outros humanos, logo eu que saberia viver muito bem sem você,chego a conclusão que posso sim viver, mais a controvérsia é a seguinte… As coisas não são as mesmas sem você aqui, o tempo irá passar e eu não irei te esquecer, e esse espaço vago do lado esquerdo do peito ira ficar, e nada além dos seus defeitos e maneira desumana de ser servirão para tapar esse buraco. Os românticos e dramáticos são acostumados a falar muito dessa ausência, já li muito disso por ai, quisera eu que minha vida não fosse agora roteiro de mais um desses textos simplórios ridículos de quem ama, me tornei um ser ridículo por descobri que amei, amei e soube tarde demais, agora você partiu, se misturou com as nuvens do céu e partiu, voltara sim, mais não mais para meu peito, não mais para ser a peça que falta do quebra cabeça que se fez meu coração, pedaços, pedaços e mil pedaços.
- Andressa (c-o-l-o-m-b-i-n-a)

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