quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

“E eu confesso que já estive perdida. Digo, perdida dentro de mim. Eu não sabia ao certo o que fazer. Eu não sabia como continuar. Era como se todos os motivos tivessem sumido. E eu nunca fui forte. Na verdade, eu nunca consegui ser forte. Porque tudo conseguia me destruir. Brigas, xingamentos, e o amor, principalmente ele. Era como estar em uma rua totalmente coberta de luzes, mas com uma venda tampando-me os olhos.Caminhava e jamais achava o caminho correto. A escuridão me encontrava. E foi indo pelos caminhos errados, que eu esbarrei em você. Também estava com os olhos tampados. Mas de alguma forma, eu te enxergava. Ou pelo menos, eu conseguia te sentir. Você se tornou meu ponto de partida e de chegada. Tudo sempre me fazia voltar até você. Mesmo com os olhos tampados, eu sempre enxergava o caminho de volta. Porque eu seguia o som das batidas do teu coração. E então, nossas vendas caíram… Eu pude finalmente te entender por completo. E você conseguiu ver o meu olhar amedrontado. E vimos a rua iluminada também. Era enorme, porém cheia de obstáculos. Obstáculos que nos impediam de prosseguir com a mesma calma de antes. Então fomos nos distanciando, escolhendo caminhos diferentes. E esquecendo tudo que fomos um dia. Esquecendo os caminhos que seguimos juntos. E cada vez mais, eu te via indo embora. Mas eu não lhe culpo totalmente. Eu também fui para longe. Mas a diferença é que eu sempre voltava para o teu lado. E você não, você sempre preferia seguir sozinho. Era como se o fim tivesse chegado, e eu estivesse vivendo uma história sozinha.”   Cibele Sena, amargar 

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