terça-feira, 5 de junho de 2012


“Ela: — Você sempre anda com o celular. Por que deixou ele tocar mais de três vezes? Eu só ia perguntar se você tomou seu remédio. E se tomou pelo menos dois litros de água. E se passou repelente antes de dormir. E se tomou banho depois do futebol. E se respondeu todos os seus e-mails importantes. E se pensou em mim. Um pouquinho. Dois pouquinhos. Ou um dia todo. Tudo bem, calma. Não se irrite, não desliga já não. Eu, na verdade, queria pedir o telefone daquele seu amigo que eu sempre achei bonitão, com aquele mega sorriso, barba mal feita e ainda usava golo pólo. Ele sempre foi melhor que você, não é? Fiquei com ele esses dias. Mas passei meu número errado e a gente perdeu o contato. Sabe o que ele usou no nosso primeiro encontro? Bermuda jeans. E abriu a porta do carro pra mim. Já você, usou aquelas bermudas de praia em pleno inverno e me carregou na garupa da sua bicicleta. Melhor ainda, ele segurou minha mão, usou um perfume doce e não exagerou na quantidade. Nunca o vi de regata. E os pais deles me acharam linda. Você acredita que ele até me pagou um almoço? E falou que eu conseguia manter a beleza comendo. Ele não se preocupou em olhar as garotas de shorts curtos. Nem mexeu no celular durante o encontro. O gosto musical dele é ótimo. E ele ainda topou em ver filmes de romance comigo. O cara é um príncipe. Não reclamou da minha risada escandalosa. Riu da minha piada sem graça. Limpou minha boca suja de sorvete e eu ainda passei o numero errado pra ele. Só porque o filha da puta não era você. Só porque ele não usava aquele seu perfume fedido. Só porque a gente não caiu na gargalhada depois que eu tropecei. Só porque aquelas blusinhas da Calvin Klein não eram as suas camisetas com campanha pra liberar a maconha sendo que você nunca tinha fumado nem narguilé. Eu passei a porra do telefone errado pro cara certo, esperando que a porra do cara babaca filha da puta ligasse pro número certo no meio da noite e falasse que tava tocando aquela música brega no rádio. Mas é que infelizmente quando ele abriu a porta do carro pra mim eu quis voltar no dia que você me pegou de bicicleta depois do cursinho de inglês e a gente foi parar numa praia sem areia. Por que diabos, eu tenho que preferir você rindo da minha boca suja do que ele limpando? Dá pra você me fazer o favor de tirar da minha cabeça esse seu sorriso amarelo e mais lindo do mundo? Dá? Pode ser? Eu tô precisando seguir minha vida, então para de postar nessas suas redes sociais que você tá seguindo a sua que me dá a porra de vontade de seguir você, pra gente casar no civil porque você morre sufocado dentro da igreja. Me faz a porcaria do favor de sumir de mim? Porque tá dificil carregar o fardo de babaca que ligou pro ex as 14h do dia 12 de Dezembro só pra comemorar os meses que eles não fazem mais, esperando que ele interrompa ela falando essas milhares de besteiras sem usar virgula, e pedir pra voltar, pode fazer isso logo?
— Desculpa, é a namorada dele aqui. Você quer deixar mais algum recado?”

Amanda.


)):

“Eu quero você. Digo, repito, falo outras mil vezes. De trás para frente, de frente para trás. De canto, de lado, da maneira que for. Eu quero você.”
Plenitude

“Em um procurei confiança e me decepcionei, em outro procurei fidelidade e não deu muito certo, no baixinho procurei romantismo e fiquei frustrada, no alto e forte procurei compreensão e achei amor próprio em nível elevado. No tímido, sem amigos, nada popular, sozinho, estranho e calado eu não procurei nada… Mas nele tinha tudo, tem tudo que eu preciso.”
Beatriz Fontenele

Namora comigo? Sim, isso é sério. Sabe por quê? Porque eu gosto de você. Gosto de estar com você, de te dar carinho, de te fazer sorrir. Namora comigo? Sei lá, pra talvez, eu te fazer a pessoa mais feliz do mundo. Pra fazer bico quando você brigar, te abraçar e te aquecer quando estiver frio, pra sair da rotina da mesmice de todos os dias; pra te confrontar quando estivermos jogando vídeo-game. Simplesmente pelo fato de eu te amar, namora comigo? Só pra eu ter o gostinho de mostrar pra todo mundo quanto você me faz feliz, o quando me faz sorrir. Vai, diz que aceita namorar comigo, só pra quando eu estiver doente você ir até a minha casa, entrar em meu quarto e se deitar comigo na cama. Estou te pedindo… Namora comigo? Não sei, só pra eu ver como seu sorriso é lindo desde quando você acorda até ao anoitecer. Eu quero namorar você. Só pra, simplesmente, descobrir a cada dia que se passa, mais um pouco da sua intelectualidade. Só pra saber como você fica quando veste sua roupa preferida; pra sair ao shopping e deixar você comprar tudo. Só pra me mandar mensagem de madrugada dizendo que perdeu o sono pensando em mim, que não consegue pensar em outra coisa a não ser no meu sorriso. Ei, olha pra mim… Namora comigo? Insisto demais, não é mesmo? Bom, deve ser porque eu realmente queira ser seu namorado, deve ser porque eu realmente queira dizer “eu te amo” mesmo quando você tenha feito algo de muito grave. Apenas para sorrir quando estiver chorando de raiva das nossas brigas. Mas olha, se você disser “eu aceito namorar com você” prometo te fazer feliz, sério. Sei que, não há muitas coisas que eu possa fazer pra te deixar feliz, ou então pra te fazer sorrir. Vai… Namora comigo? Senta aqui do meu lado, sorri pra mim, me olha, não fala nada, apenas me dê um beijo. Mas um beijo daqueles que dá gostinho de quero mais, você me entende? Fico de joelhos. Se for preciso até te levo flores. A única coisa que eu quero, e preciso é que você… Simplesmente aceite namorar comigo. E então, você aceita namorar comigo?”
Thawan Leal
                

“O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim, imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. Que veja lá na frente uma estrada, inteiramente nossa, cheia de opções e curvas. E que aceite que buracos sempre terão.”
Clarissa Corrêa.  
Às vezes dá vontade de desistir de tudo, não sair mais de casa, dormir e dormir. Acabo sempre acordando cedo no dia seguinte, continuando tudo da mesma forma, na verdade não sei bem pra quê, se não estou fazendo a única coisa que realmente me interessa: escrever.
Caio Fernando Abreu - Carta à mãe
                 
Bom mesmo seria se existisse um portal para outra dimensão, outro mundo, tal mundo onde tudo fosse diferente, e eu pudesse esquecer todos os meus problemas, começar do zero, viver uma nova vida, criar novas perspectivas, e sair desse lugar onde tanta coisa me puxa, me prende, me sufoca, me impede de seguir em frente, confesso que está sendo difícil superar todas essas perdas, todo esse entre e saí de pessoas na minha vida, estou cansada dessa nostalgia, dessa vida parada e monótona… Eu tenho mesmo que dizer adeus e dar continuidade a minha jornada, mas é complicado nem eu mesma sei explicar o que tanto me prende para esse passado… Quem sabe um dia eu deixe de lado todas as minhas dores, decepções, magoas, e sorria com sinceridade, talvez eu consiga me libertar de tudo que me faz mal, me desprender mesmo, me desgarrar, possa superar tudo isso e finalmente seguir em frente, aos poucos eu sei que vou conseguir, por mais que seja difícil essa jornada, eu sei que sou forte o suficiente pra passar por cima de todas as dificuldades, obstáculos que são postos em minha caminhada, porque sabe todos nós devemos passar por momentos ruins e bons, apesar de só queremos que tudo em nossa vida fosse mil maravilhas, não é mesmo? Quem quer sentir alguma dor? Quem deseja ter um coração partido? Quem quer ser substituída ou abandonada? Creio que ninguém, mas tudo de ruim ou bom que passamos e enfrentamos serve com lição e aprendizado, porque a cada dia vamos aprendendo coisas novas, vamos crescendo e amadurecendo, aprendendo principalmente a lidar com essa vida tão dura e ruim, aprendendo a lidar com certas pessoas […] E afinal de contas tudo é questão de tempo mesmo, isso é certo, vai chegar uma fase em que vamos esquecer de tudo o que passou, tudo vai se transformar em pó em nossa memória, todas as lembranças ruins que almejamos tanto esquecê-las ficaram guardadas como se fosse dentro de um baú empoeirado, e quando formos nos dar conta disso já não iremos mais lembrar, e sabe porque? Porque tudo muda, nada é pra sempre, nada é constante, estamos sempre em processo de mudança, não só nós, como a vida também e tudo que está em volta […]

- Drama-tica.

“É chatinho, né? Quando uma pessoa entra na tua vida, faz você se acostumar a falar com ela todos os dias, te vicia na presença dela, te faz gostar das manias dela, do jeito dela, e depois… Some, desaparece. Aí tu tem que agir como se não ligasse. Mas você liga, mesmo assim.”
Vinícius Kretek   

“A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.”
Martha Medeiros

“E o amor?, você me pergunta. O amor, ah, sei lá. O amor nem dá pra definir direito. Acho que é um desejo de abraçar forte o outro, com tudo o que ele traz: passado, sonhos, projetos, manias, defeitos, cheiros, gostos. Amor é querer pensar no que vem depois, ficar sonhando com essa coisa que a gente chama de futuro, vida a dois. Acho que amor é não saber direito o que ele é, mas sentir tudo o que ele traz. É você pensar em desistir e desistir de ter pensado em desistir ao olhar pra cara da pessoa, ao sentir a paz que só aquela presença traz. É nos melhores e piores momentos da sua vida pensar preciso-contar-isso-pra-ele. É não querer mais ninguém pra dividir as contas e somar os sonhos. É querer proteger o outro de qualquer mal. É ter vontade de dormir abraçado e acordar junto. É sentir que vale a pena, porque o amor não é só festa, ele também é enterro. Precisamos enterrar nosso orgulho, prepotência, ciúme, egoísmo, nossas falhas, desajustes, nosso descompasso. O amor não é sempre entendimento, mas a busca dele. Acho que o amor não é o caminho mais fácil, pois mais fácil seria dizer a-gente-não-se-entende-a-gente-não-combina-tchau-tchau. O amor é uma tentativa eterna. E se você topar entrar nessa saiba que o amor encontrou você. Seja gentil, convide-o para entrar.”
Clarissa Corrêa 

“Outro dia tentei chorar. Outro dia tentei abraçar meu travesseiro. Não acontece nada. Eu não consigo sofrer porque sofrer seria menos do que isso que sinto. Tentei falar. Convidei uma amiga pra jantar e tentei falar. Fiquei rouca, enjoada, até que a voz foi embora. Tentei aceitar o abraço da minha amiga, mas minha mão não conseguiu tocar nas costas dela. Não consigo ficar triste porque ficar triste é menos do que eu estou. Não consigo aceitar nenhum tipo de amor porque nenhum tipo de amor me parece do tamanho do buraco que eu me tornei.”
Tati Bernardi 

“Quero alguém pra me ligar às 3 da manhã só pra falar que não conseguiu dormir porque estava pensando em mim. Quero uma pessoa pra me abraçar quando eu estiver mal. Me fazer sorrir quando eu estiver triste. Só preciso de alguém pra me dar todos os dias um motivo pra sorrir. Quero uma pessoa pra me surpreender, me mostrar que é diferente. Alguém que vai me dar valor. E acima de tudo vai me amar do jeito que eu sou, com todos esses meus defeitos. Qualquer dificuldade que aparecer, esse alguém iria mostrar que podemos superar juntos. Quero poder passar uma noite assistindo filmes e falando bobagens. Queria poder brigar pra quem ia apagar a luz do quarto para dormirmos. Quero alguém pra me acordar com um lindo sorriso. Se for possível, eu quero alguém pra casar e passar o resto dos meus dias juntos. Mas eu não quero um alguém qualquer… Eu quero você.”
Nathalia V. 

“As vezes eu quero te chamar, mas eu sei que você não estará lá. Me desculpe por te culpar por tudo que eu não pude fazer. E eu feri a mim mesmo ao ferir você, Alguns dias eu me sinto destruída por dentro, mas não vou admitir.”
Hurt - Christina Aguilera

“Sabe, cara, eu tenho que confessar que quando eu mandei ela embora, eu fiquei esperando ela voltar. Eu fiquei exatos 145 dias esperando uma ligação, uma mensagem, até um sinal de fumaça eu tava aceitando. Eu lembro que a última vez que eu a vi, ela vestia uma calça jeans e uma blusa rosa que deixava ela mais linda do que se ela estivesse de vestido e salto alto. Eu sempre gostei disso nela, dessa coisa dela parecer mais bonita que todo mundo mesmo que tivesse de pijama e maquiagem borrada. Ela tem uma coisa diferente, sabe? Ela não é como as outras, ela gosta de rock mas eu lembro que ela sabia a letra inteirinha de uma musica do Restart. Ela vestia roupas curtas, mas ela ficava estranhamente inocente com essas roupas, parecia uma daquelas atrizes adolescentes de novela das oito. Ela era tão minha, só de olhar para ela eu sabia que ela era minha… Era… Não é mais porque eu achei que a vida com ela seria monótona demais, sei lá, achei que não ia dar certo porque a gente dava certo demais, e eu fiquei com medo de em algum momento ela ir embora e me deixar. E eu era desse tipo mesmo, que ligava pra quem terminava e pra quem era o mais forte e o mais inteligente, mas ela não sabia disso, ela nunca soube dessas minhas competições internas e mesmo assim sempre pareceu frágil demais, inocente demais. Ela me beijava com vontade de beijar o resto da vida, eu sentia isso, cara, eu sentia que ela gostava de mim como nenhuma outra garota nunca gostou. Ela se aninhava nos meus braços com uma facilidade tão incrível que parecia que ela tinha nascido para ficar escondidinha dentro do meu abraço. 145 dias e eu não consigo esquecer o jeito que ela olhava pra mim, como se eu fosse o melhor cara do mundo, como se eu valesse a pena e ela estivesse disposta a tudo por mim. Eu tinha aquela garota na palma da minha mão, eu poderia trair, brincar, até gritar, que ela ficaria comigo porque sempre soube que eu precisava dela, embora não falasse, ela sabia que eu já não imaginava um jeito de ficar longe dela. Mas se ela sabia, por que ela me deixou? Eu sei que a mandei embora, mas era pra ela ter ficado, cara. Só que ela foi embora, e levou tudo com ela, as calcinhas que ela pendurava sob o box e as camisetas que ela guardava na minha gaveta de meia. Levou aquele beijo, aquela voz gostosa e se levou de mim rápido demais. Eu fui um canalha, um babaca, um otário e outras essas coisas que ela me disse quando foi embora e deu aquele gritinho agudo dizendo que ela nunca deveria ter me conhecido. Na hora eu não senti nada, sei lá, fiquei olhando pra ela e deixei ela ir embora, mas depois, depois quando eu olhei pro box e não vi a calcinha dela lá, eu senti que tinha feito merda e que já era tarde demais, que eu tinha sido o cara mais burro do mundo e tinha perdido a única garota que gostou de mim mesmo eu dando motivos pra não gostar. Ela assistia futebol, ia à finais de campeonato comigo, ela torcia comigo, ela amava andar pela casa só de calcinha e sutiã, ela fazia uma massagem que só ela sabe fazer, ela não brigava comigo quando eu sumia e muito menos reclamava quando eu passava uma semana sem dar sequer um telefonema. Ela gostava de mim, ela me amava, não amava? Agora me diz porque eu mandei ela embora. Eu tinha a garota perfeita, a namorada perfeita, a mulher perfeita, e poderia ter pro resto da vida se quisesse. Mas eu mandei ela embora e ela não me liga mais. Ela sai com os amigos e dizem que ela está feliz. Ela encontrou alguém melhor do que eu. Ela está bem, não está? Então por que eu não estou? Nesses 145 dias eu senti a falta dela. E hoje no 146° dia, eu sinto a falta dela pra caralho.”
Eu mandei ela embora, e porra, ela foi mesmo.

 — Cibele Sena (amargar)

Ela : Alô
Ele : posso falar uma coisa ?
Ela : Oque você quer ?
Ele : só não me interrompa por favor, depois se você quiser desligar pode desligar só espere eu terminar de falar.
Ela : Ta bom
Ele : Desculpa por ser um idiota esse é meu jeito, mas esse meu jeito todo errado é o unico que eu sei ser mas meu amor por você é verdadeiro é único e duvido que alguém vai te amar a metade do que eu te amo, desculpa todas as vezes que fiz você chorar ou te magoei essa não foi minha intensão só que eu sempre estrago tudo mesmo, eu nunca consigo demonstrar oque eu sinto e acabo perdendo as pessoas que eu mais amo, mas com você vai ser diferente vou deixar meu orgulho de lado e falar tudo que sinto, você é minha vida não sei mais viver sem ti, você é a unica coisa que ainda me anima ou que me da motivos pra acordar e sorrir por saber que você está ao meu lado é serio, parece meio clichê mas talvez seja mesmo, só que é tudo sincero são palavras que não veem da boca mas do coração, mas se não quiser acreditar tudo bem eu te entendo, quero que você seja muito feliz por que você me fez o homem mais feliz do mundo, mas caso você mude de ideia sabe meu numero, pode ligar a qualquer hora, eu vou estar te esperando só não demora muito.
Ela : Não desliga, espera, Eu te amo.”
Marco A.
                
Ela está desmoronando por dentro, mas na superfície ela parece estar bem e feliz. “Aparências engam” essa frase é repetida inúmeras vezes por todos, mas as pessoas só vêm o que está na superfície não veem o que está por dentro. Não procuram a felicidade no olhar – no meu olhar – e lhe garanto que se procurassem não iriam achar nada já que não há nenhum vestígio de felicidade aqui. Toda a minha felicidade se foi, simplesmente se foi. Em questão de segundos perdi tudo aquilo que mais prezava em minha vida. Perdi tudo aquilo que me fazia feliz, eu o perdi. A felicidade se foi e aquela velha dor que estava enterrada em meus sentimentos voltou, e agora com muita mais força. Essa dor me enfraquece, congela, queima, corrói, arde. E com os passar do tempo ela aumenta tentei de alguma maneira acabar com ela, tentei desabafar, tentei colocar tudo para fora. Mas é como se eu gritasse mais ninguém conseguisse me escutar. É como se eu perdesse a minha voz, é como se a minha voz ficasse sufocada em meio tantas outras. E essa sensação de falar e falar mas nada dizer é horrível. É como se eu falasse em outro idioma porque ninguém nunca conseguiu me entender, ninguém nunca me ajudou de verdade. Eu me sinto tão desprotegida, com toda essa fragilidade dentro de mim, sinto que a qualquer momento irei explodir e terão que recolher os meus pequenos rastros na parede do meu quarto. Tudo tão confuso, doloroso, cansativo, sufocante, a cada dia que passa tenho menos vontade de acordar, tenho menos vontade de seguir a minha vida. Estou extremamente em pane comigo mesma, nada que faço está bom, nada me satisfaz nada me completa. Sinto-me como a última bolacha do pacote, aquela que ninguém quer por que todos já estão de barriga cheia. Sinto-me a última opção – e eu sou – só almejo alguém que consiga despertar em mim algum sentimento diferente, um sentimento totalmente novo e que ainda desconheço. Almejo alguém que me ajude a arrumar essa bagunça toda que se tornou a minha vida, preciso-me sentir humana novamente. Quero sorrir, mas sorrir mesmo, sorrir de verdade, sorrir por estar feliz e não para esconder meus problemas. Quero viver a vida, daquela forma mais louca e inusitada. Quero sentir o sangue correndo pelas minhas veias, quero limpar meu coração e arrumar toda essa confusão de sentimentos. Quero sentir que ainda posso ser útil para alguém. Preciso voltar a ser ”eu”.
 ─ Ana e Mallú (amargas)

“Na maioria das noites, durmo preocupada com você. Me perguntando como você está por aí. (…) A lua está cheia, o que me fez pensar em você. Pois sei que não importa o que estou fazendo, e onde estou, esta lua será sempre do mesmo tamanho da sua do outro lado do mundo.”
 Querido John.

“Era para ter durado mais. Era para ter mais amor. Tinha que ter sido daquele jeito que tanto sonhamos, era para ter sido para sempre. Era para ter tido mais histórias, mais fases concretizadas. Era para ter tido mais conversa, mais desabafo. Era para ter sido mais eu e você, mais juntos, mais apaixonados. Era para ter sido mais perto, mais emocionante. Era para ter dito mais perdão, mais compaixão, mais chão. Era para ter tido mais carinho, mais afeto, mais frio. Era para ter sido mais colado, mais apertado, mais sossegado. Era para ter sido mais charmoso, mais atraente, mais quente. Era para ter sido bipolar, era para ter sido mais confuso, mais nossa cara. ”
Era para ter sido tudo, mas não foi. Acabou, evaporou. 


- Tua-idiota.

“Me leve ao motel — Eu disse, sem medo ou vergonha.
Ele se assustou, ele na verdade se sentiu intimidado ou algo do tipo. Acho que é assim com os moleques, eles se intimidam com mulheres. Com mulheres bem resolvidas. No caminho nenhum barulho, ele era só mais um paquera da noite, mas eu queria experimentar um pouco dele e não seria dentro de uma carro, ele queria ali mesmo, dentro do carro banco com estofamento horrível ia acabar me machucando. Ele queria dentro do banheiro da boate, mas eu aprendi que banheiro não dá nenhum conforto e quis ir pra um motel, não levaria pra minha casa um estranho e muito menos iria pra casa de um estranho. Motel, recepcionista, garagem, hidromassagem e espelho no teto. Ele olhava despistada mente pra mim, eu ria e ele não entendia os motivos. Chegamos à recepção.
“Recepcionista: Qual o quarto que o casal vai querer?”. Confesso, me irritei um pouco, ela era inexperiente ou o quê? Dava pra ver que não éramos um casal, seria apenas sexo e depois nem iria lembrar o seu nome, na verdade eu não sabia o nome dele. Ele não respondeu, ele não deveria transar muito. Indago: “Suíte, por favor.” Ele me olha e pergunta se é o mais caro, e eu digo que o que tem mais conforto, homens sempre se preocupando com o preço, mas o problema não era o dinheiro
— Eu pago, relaxa — Eu disse a ele. Subindo as escadas começamos a ficar mais quentes, seu beijo era doce, calmo, ele parecia fazer com sentimento e isso que me instigou. Como pode fazer com tanto carinho com uma estranha? Na escada eu o fiz ter o primeiro orgasmo, sexo oral. Ele me fez elogios, disse que eu tinha uma boca quente. Ele não foi o primeiro, mas, por favor, sem julgamentos. Não sou vadia por fazer sexo com alguém livre. Cama redonda, espelho no teto. Adoro esse cheiro de sexo, é tão cafajeste. Ele ficou admirado com o banheiro, tolo. Deveria ser a primeira vez em um motel, e quem sabe a primeira vez com uma mulher. Ele me disse que tinha que me confessar uma coisa. Eu achei que era alguma doença venérea que ele tinha, e se fosse isso o filho da puta ia pagar caro, ou pior que isso era um assalto, apesar de que eu adoraria ser assaltada em um motel, ele poderia me roubar tudo menos a minha virgindade. Então ele diz :
— Eu sou virgem.
Paro, sento e respiro. — Não pode ser, sério?
— Sim, algum problema?
Droga, um virgem ali na minha frente e eu de cinta liga vermelha, por favor Deus, por que eu?
— Não, nenhum…
Tudo bem, eu sou uma boa atriz, deve ser o curso de teatro que eu fazia. Na verdade não estava tudo bem, eu nunca fiquei com um virgem. Me senti um homem iniciando uma garotinha.
— Mesmo?
— Não!
Meu ponto forte sempre foi a sinceridade.
— Quer que eu vá embora?
Deu-me pena, ele estava recolhendo as coisas. Constrangido ele estava, eu não podia fazer isso, ele era da minha idade e ainda virgem, o problema não é ele ser virgem, mas sim eu expulsa-lo do quarto e acabar com auto-estima dele.
— Tá louco? Vai a lugar algum… Fica aí. Mas me diz, qual é teu nome?
— Eduardo… E o seu?
— Lorena.
Sentei-me do lado dele, ele cheirava bem. Sua barba falha, na luz da boate eu não pude enxergar direito a sua beleza. Ele era lindo, sorriso imperfeito, porem perfeito, sabe? Ele me encantou desde o beijo até a virgindade.
— Nome da minha mãe.
— Cara… Não precisa usar essa cantada agora.
— Não é cantada, é o nome dela — Disse pegando a carteira para me mostrar a identidade.
— Desculpa, é que geralmente usam essa cantada.
— Não sou homem de usar cantadas.
Nesse instante vi que ele não era mais um moleque, era homem. Eu fui para transar, mas eu queria conhecer mais dele e modéstia parte aposto que ele queria conhecer mais de mim, aposto que ele queria saber.
— Desculpa.
— Não se desculpe Lorena.
— Quer beber alguma coisa?
— Cerveja.
Odeio cerveja, odeio. Tem um gosto forte, prefiro bebidas destiladas. Mas eu não poderia mandar nele, e no que ele queria beber.
— Trabalha com o que?
— Formei em direito, ainda não tenho emprego. E você?
Moleque! Eu não me engano. Me deu um tesão imaginá-lo de terno e gravata. Deu-me tesão imaginar ele assumindo um caso, defendendo algum criminoso. Eu queria transar.
— Escritora.
— Romances?
— Erotismo — Disse com ar sarcástico, queria que ele entendesse que eu queria ter ele.
— Vai escrever sobre essa noite?
— Não faço biografia sobre o sexo que eu faço.
Ele teve uma idéia boa, eu nunca havia pensado em escrever sobre o sexo que eu fazia, o sexo que eu conhecia. Sempre escrevi sobre historias nas quais nunca participei.
— Eu te achei muito linda.
— Eu te achei muito gostoso.
— Eu preciso dizer mais alguma coisa?
Caramba, o que falta mais? Ele falar que tem alguma doença terminal, ou algo do tipo?
— Eu tenho câncer.
Maldita boca, eu extasiada fiquei. Virgem, lindo e com câncer? Droga. Que Deus me perdoe, mas por que eu?
— Desculpa, é que eu não sei o que falar… Você me parece tão saudável.
— É o que todos acham. Vamos transar? Eu posso morrer semana que vem…
Nesse momento eu parei de respirar, meu coração acelerou mais rápido, pode parecer idiotice, mas ele havia me escolhido para ter uma transa, ele era virgem e poderia morrer e eu fui a escolhida. Não irei me tornar uma heroína, mas é algo nobre.
— Posso perguntar algumas coisas?
— Claro…
— Por que ainda é virgem?
— Eu namorei uma mulher a minha vida toda, ela disse que transaria só depois do casamento, mas quando descobriu que eu estava doente terminamos, ela disse que não era enfermeira.
Depois eu que era a vadia? Ela perdeu um doce de pessoa. Eduardo cada vez mais me encantava. Cada vez mais me envolvia em seus olhos azuis piscina.
— Vadia — Disse sem querer.
— Quem?
— Desculpa, mas a sua ex-namorada.
— Verdade — Ele riu.
Rimos por um minuto e nos calamos por cinco. Era louca essa situação, nem em meus livros teve uma historia de tamanha surpresa.
— Então…
Ele se aproximou de mim, sua mão estava tremula. Ele estava cada vez mais lindo pra mim. Ele pegou em minha nuca me levou até sua boca, eu subi sobre ele, fui tirando sua camisa, ele estava confuso com o que fazer, eu estava me entregando por encantamento, não era só sexo mais. Camisinha, ele estava em mim. Movimentos sutis, ele ficava lindo tendo orgasmo. Deitamos na cama novamente, eu deitado sobre seu peito.
— Você é linda.
— Você já disse isso — Ria.
— Não me canso de repetir.
— Para…
— Com o quê?
— De me fazer apaixonar por você…
— Por um desconhecido? Um que pode morrer? Você se apaixonaria?
— Não só apaixonaria, como estou.
Ele me segurou firme, olhando dentro de meus olhos. Eu estava me envolvendo, estava querendo cuidá-lo.
— Você fica cada vez mais linda — Riu.
— Você me encanta cada vez mais.
— Como fui por ser uma primeira vez? Quem sabe última…
— Não diga que será a última, ainda temos algumas horas aqui. Você foi excelente.
Ele voltou a me beijar, agora ele se sentia mais seguro pra tomar conta da ação, eu gosto assim, prefiro que tomem conta da ação. Mãos grandes, tudo nele era grande. Era um perfeito amante e deveria ser um ótimo amor.
— Você fica cada vez mais linda.
— Você fica cada vez melhor no sexo.
— Eu ainda irei te ver?
— Como assim?
Nunca fiz isso, nunca tive um contato com os meus desconhecidos… Mas ele não era mais um desconhecido, ele se chamava Eduardo, sua mãe Lorena e ele têm câncer.
— Não sei, acho que me apaixonei. Você é doce.
— Não sou doce, amarga seria um adjetivo melhor.
— Não, seus olhos, eles são doces. Sua boca, suas palavras. Se fosse pra ter alguém até o dia de minha morte seria você. Você ficaria comigo até eu morrer?
Eu não sabia o que falar. Poderia isso? Poderia surgir uma paixão assim? Não era amor, mas era forte. Uma única noite, apenas para sexo e eu acabo encontrando o homem mais doce.
— E se você não morrer?
— Daí você pode ir embora…
— E se eu não quiser?
— Você fica.
Não gosto de me iludir, mas agora eu queria que ele vivesse, não que eu quisesse a morte dele, mas eu queria que ele vivesse pra ver até onde iríamos. Droga, o sexo virou amor.”

Lucas Rodrigues,LR.  

“E hoje eu sento no sofá, e relembro todos os nossos planos, que pretendíamos ter no futuro. Um deles era o nosso casamento, lembra? Nós nos aprofundavamos tanto quando era esse o assunto, queríamos, porque queríamos se casar. Mal sabíamos o que o futuro nos reservava, cado um seguiu o seu lado, terminando sua história. E os planos? Jogados ao vento.”
Arquejar 

“Eu nunca disse, mas o seu cheiro fica empregnado na minha roupa toda vez que me abraça. E quando chego em casa, eu repasso em pensamento, cada coisa que foi falava e feita. Cada gesto. Seu perfume…”
Aghata Paredes.
                     
Eu sempre fui uma menina inocente e sempre pensava em ajudar todos que estivessem ao meu redor, eu sempre tive mais paciência para resolver os problemas dos outros e sempre fui tão desleixada com os meus. De hoje em diante vou cuidar mais de mim. Chega de deixar meus problemas acumulando enquanto tento resolver os problemas dos outros. Eu tenho que ser minha prioridade, minha felicidade tem que estar no primeiro lugar da minha lista de tarefas. Preciso dar um tempo dessa rotina que só anda me fazendo mal e viver coisas novas. Chega de todo mundo buzinando no meu ouvindo. Quero sair por aí, sem rumo, e passar o dia num lugar distante ouvindo o canto dos pássaros sem me preocupar com mais nada, sem a presença de ninguém que possa atrapalhar meus planos. Cansei de seguir conselhos mal dados e me importar com opiniões mal formadas ao meu respeito. Eu preciso saber o que é melhor pra mim, independente do que achem ou falem. Preciso encontrar o meu Eu que deixei se perder dentro de mim, e pra isso eu preciso de espaço, tempo e paciência. Chegou a minha vez de resolver os meus problemas e ser feliz. E então eu vou seguindo, tropeçando e rindo. Quem sabe eu não dou a sorte de esbarrar na felicidade em qualquer esquina por aí.
— Bruna Agnelli,

“O rádio toca Los Hermanos. E eles cantam: “E até quem me vê lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei. E eu de repente começo a chorar. Porque ninguém me vê agachada no banheiro chorando enquanto tomo banho. Igual naquelas cenas de novela mesmo, sabe? Ninguém me vê chorando porque te perdi. “E ninguém dirá que é tarde demais, que é tão diferente assim. Do nosso amor a gente é que sabe, pequena.” Mas já é tarde demais, e é tudo tão diferente, e é tudo tão pesado. Porque o coração não da pra colar com cola, amor? Porque mesmo quebrado ele ainda quer bater? Do nosso amor, só eu que sei, e de amor, só sobrou o meu mesmo. E dói. E Último Romance continua tocando no radinho…“Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém, afim de te acompanhar.” E eu mostrei, mostrei o que é o sufoco. O que é carinho, o que é o choro. Mostrei o que é o amor. E você não quis me acompanhar. E de repente a música acaba e o locutor do rádio diz: “Esses foram os Los Hermanos, cantando Último Romance para os corações apaixonados.” Brega. Mas parecia que ele estava anunciando o meu último romance. Com uma pequena diferença, o coração não estava apaixonado, estava machucado.”
Isabella Duque.

“Adoro essa sua cara de sono, e o timbre da sua voz.”
Pitty


Mãe, foi difícil crescer, mas agora está sendo difícil viver […]


Aperte o play, coloque o volume em 50% e comece.


Mãe, você me ensinou das dores do mundo, mas deve ter me privado de muitas. Só queria de volta aquela inocência, meu quarto dos sonhos mágicos, as fantasias e contos, até aquele meu amigo imaginário. Nossa, que saudade. Mãe… Sinto falta de chorar, de te abraçar, de te chamar de heroína. Sinto falta de ser pequeno e me perder nesse teu abraço. Sinto falta desse cheiro, e que cheiro de mãe, é tão bom. Sinto falta de adormecer em teus pés, de ser aprendiz de várias coisas suas. Sinto falta do teu caminhar, da sua fala mansa, até mesmo das passadas nas noites silenciosas. Sinto falta de correr até você, de temer, de sentir medo de escuro. Sinto falta de te pedir vários absurdos, até um pedacinho do céu. Sinto falta de sentir sua falta a cada saída, as horas custavam a passar mas eu sempre soube que você iria voltar. Sinto falta de te fazer companhia, de ser o teu bebê, e até das idas ao colégio. Ainda lembro das bobagens que dizíamos, dos passos que contávamos, dos risos e soluços entre eles. Sinto falta de momentos, que jamais vou esquecer, que cada instante relembro e me perco nessa saudade. Eram confidências intermináveis, segredos e planos de um pequeno amor. Pra mim ela era amor, Mãe.    Não, nunca foi. E hoje vejo que na verdade, Amor é você.   Mãe… eu só queria que você fosse eterna. Eterna para mim.
            
Já fui diferente do que sou hoje. Foi-se o tempo que eu me importava. Foi-se o tempo que eu me vestia de acordo a algo, ou onde eu poderia ser aceita. Cheguei a me preocupar mais com os outros do que comigo mesma. Hoje as coisas mudaram. Antes, eu costumava andar com muitos ao meu redor, sempre com uma lista de favores a fazer. Agora, tarde demais. Virei o jogo. Eu ando sozinha, deixei de ser ingênua. Cansei de ser a marionete. Sim, ainda resta um pouco de compaixão dentro de mim, mas ultimamente ninguém anda merecendo essa minha reserva de amor. Hoje uso meus argumentos grossos e frios como escudo. E nunca mais me arrependi. Cansei de ter de enxugar lágrimas e levantar as pessoas que nunca fariam nada por mim. E por favor, não culpe a mim por todas essas tais mudanças, talvez vistas como ruim para você. Ou para muitos. Bem antes, eu era mais fofa. Mais compreensiva, mais amiga. Mais calma. Já fui melhor. Mudei? Sim, e muito. E a culpa não é minha. Repito: Não é minha. Eu semeei amor, carinho. Fui a melhor para muitos, só que fui pisoteada. Fui magoada, fui jogada. Esquecida. Eu simplesmente, tentei de tudo para ser especial e veja só onde parei. Com o coração quebrado, os olhos inchados e a voz rouca de tanto pedir ajuda. Culpo a vocês, todos esses que me julgaram. Me maltrataram. A vocês, que julgaram a minha dor. Duvidou do meu amor. Me fez, literalmente de idiota. Agora, eu vou ser pior do que vocês imaginam. Eu vou dar o troco, eu vou me amar. Eu vou ser assim, fria. E por favor, não me peça para voltar atrás. Cansei. Agora é a minha vez.”   ( Júlia. Tua-Idiota. e Cores-Vivas. )

                
Ei, calma. Não é assim. Você não pode simplesmente ir embora, desaparecer da minha vida e depois simplesmente voltar com um sorriso no rosto e meia dúzias de palavras ensaiadas e querer que fique tudo bem. Não é assim, talvez antes até poderia ser. Mas agora não. Não será da forma em que um dia foi. Antes de tudo, entenda: A culpa não foi minha. Eu não fui embora. Eu não virei as costas. Eu não deixei, eu não parei de cuidar. Por contrário. Eu fiquei aqui, esperei. E de longe, tentei mesmo sendo impossível, cuidar de você. Então por favor, não me venha com falsidade como já fez por diversas vezes. Me recuso a ouvir de você qualquer palavra que demonstre carinho ou afeto. A sua hora passou. Ou melhor, eu cansei de esperar. Realmente, a fila andou. Eu fui magoada sim, pisoteada por você mesmo. E não, seu sorriso, por mais lindo que seja, não vai colocar tudo de volta em seu lugar e apagar as cicatrizes. Ele não vai fazer o que antes fazia. Não digo que não te quero de volta. Que não sinto sua falta. Porque eu sinto sim, muito mais do que imagina. Porém. agora eu quero atitudes. Eu quero mais paixão, eu quero mais você. Quero improvisos, quero te ouvir gaguejar. Quero te ver nervoso. Quero te enxergar com vergonha. Eu quero simplesmente, que dessa vez você seja verdadeiro. Que use suas palavras, e não aquelas que escuta na rodinha de amigos. Não quero que recite uma música, quero que em sua cabeça, haja algo formado sobre mim. ”           ( Júlia. Tua-Idiota. )


“Você sabe. Acho que sempre soube. Eu tinha medo de gostar de alguém, de me envolver, de me mostrar sem disfarces. Amar dá um medo danado. De perder a liberdade, a identidade, de se machucar, de não saber mais voltar.”
 Clarissa Corrêa 

“Querido ex-amor,
Venho por meio desta carta trazer-te boas novas… Queria dizer que finalmente consegui esquecer-te, consegui rasgar as páginas daquilo que um dia chamamos de “história de amor”. Superei tua ausência, superei tua falta. Percebi que consigo viver muito bem sem ti. Passei a valorizar-me mais, a amar-me mais. Esqueci-me completamente de ti e agora tu não passas de mais um capítulo de minha vida, mais uma página virada, mais uma folha encerrada. Percebo que tu não significaste nada de real para mim, pois nosso amor não foi real. Tu me abandonaste, deixaste-me sozinha no mundo quando eu mais precisei de ti. E agora sou quem quero dizer-te que nunca mais estarei contigo, pois é chegada a minha hora de vingar. Irei fazer-te pagar por todos os males que me fizeste, tu irás te arrepender de tudo que me fizeste passar. As lágrimas que derramei não foram em vão, não. Tudo valeu a pena, pois sai desta história toda mais madura, mais crescida e mais resistente às quedas que o amor e a vida nos dão. Sim, querido ex-amor, tu ficaste no passado. Tu agora não és mais que mero passado acabado. Por favor, queria pedir-te para nunca mais voltar para minha vida, porque estou muito bem sem ti. Mas como já avisei, terá vingança, com certeza. Mesmo sem tu voltares para perto de mim, mesmo eu estando longe, conseguirei vingar-me, pois o ódio de ti tomou-me o coração. Tu não sabes o quanto me fez infeliz; o quanto eu te amava e tu não valorizava. Pois bem, estou renovada e fortalecida. Pronta para uma nova guerra, só que desta vez o meu inimigo será tu. Sim, tu irá te arrepender de cada ferida que fizeste em meu coração, de cada palavra vã, de cada promessa falsa que fizeste. Estou disposta a ir até o fim de minha vida para me ver vingada, pois só depois de ter o gosto de perceber que consegui acabar contigo que minha vida poderá começar a ser feliz.”


Com amor, Ana (vidaimperfeita)

“— Alô?
Oi.
— Eu nem ia atender.
Eu nem ia ligar.
— O que você quer? Faz menos de 20 minutos que a gente se viu.
Eu sei. Você esqueceu seu cd, tá comigo. Vem buscar?
— Hoje não. Amanhã eu passo aí e pego.
Tá.
— Posso desligar?
Não.
— Você quer que eu diga alguma coisa?
Pode ficar quieto, não me importo.
(Ele ri do outro lado) — Quer que eu fique mudo?
Quero.
(silêncio)
Tô ouvindo você respirar, é bonitinho.
— Você me assusta.
Você me assusta.
— Eu?
É.
— Porque? Sou um monstro agora?
Quase isso.
— Vou desligar.
Não, fala comigo.
— Tô com sono, me deixa dormir.
Não posso te deixar dormir, você nunca me deixa dormir.
— Você gosta de mim.
Gosto.
— Sou irresistível.
E gostoso.
— Então você não me ama, o nome disso é tesão.
Pode ser, eu ainda não sei o nome.
— Como você não sabe nomear o que sente?
Vou chamá-lo de corda.
— Corda?
Tá me sufocando.
— É uma piada?
Não.
— Tô com mais sono ainda.
Porque você faz isso?
— Isso o que?
Me faz te querer tanto assim, não é normal.
— Eu roubei uma calcinha tua, e escrevi meu nome. Agora você vai me amar pelos próximos 70 anos.
Isso é o que? Macumba? — Ela dá gargalhadas.
— Aprendi na internet. E dá certo.
Se eu roubar uma cueca tua e escrever meu nome? Você vai me amar pelos próximos 70 anos?
— Não.
Não?
— Não.
Porque?
— Por que minha sentença já foi dada. Eu vou te amar pelos próximos 100 anos.
É quase uma prisão perpétua.
— Eu não ligo.
Mas eu ligo.
— Posso desligar agora? Fui romântico e tudo.
Agora pode.
— Posso?
Pode.
— Jura que você não vai vir com aquele papo de “desliga você primeiro”?
Não. Isso é ridículo, e só namorados fazem isso.
— Quer namorar comigo?”




Rayssa G, abstinenc-e.

“Talvez o problema seja eu, que por tantas vezes acreditei nas pessoas ao meu redor. Eu preciso parar com isso. Preciso parar de confiar demais, de escultar demais, de amar demais. As pessoas me fazem de boba por tão fragil que eu sou. Me envergonho com pensamentos surreais em que se passa em minha mente, por pessoas que me fizeram sofrer, temo pois sei que a qualquer momento eu não esteja mais aqui, mais sigo em frente pois meu maior medo e a desistencia, pois sei que cada passo que eu dou não é em vão.”
Júlia Teixeira.



5 MESES COM ELA. (AINDA NÃO APERTE O PLAY)

(1° mês) Janeiro 2012 - Sabe quando você conhece alguém que te faz esquecer tudo? e quando eu digo tudo, é realmente tudo ao meu redor, tudo o que eu pensava e nas coisas que pretendia fazer. Ela chegou do nada, como naqueles filmes antigos, onde a moça tímida liga pra um cara qualquer, que até então não sabia nem o nome, e eles ficam horas conversando no telefone, rindo de nada, dizendo nada, mas felizes. Ela me fez bem desde a primeira vez, me fez sorrir quando o que eu mais queria era chorar, ir embora, quando tudo o que eu precisava mal sabia eu, estava ali, do outro lado da linha. Morávamos longe, e a distância já havia machucado tanto a nós dois que arriscar mais um desses namoros longos, cansativos e enjoativos, vivendo de esperança e fantasia por não saber quando iriamos conseguir dar o primeiro abraço, não estava nos nossos planos. Mas eu quis ir mais além, quis ver o sorriso dela de perto, quis ouvir a voz dela no meu ouvido, quis abraça-la apertado, quase esmagando, e sentir o cheiro da pele dela em mim, que eu digo pra você, é o melhor perfume que existe.

Janeiro 14 - O inicio, o dia que nos vimos pela primeira vez, o dia que eu a abracei forte e o dia em que demos o primeiro beijo, a boca dela se encaixava perfeitamente na minha, as minhas mãos no seu corpo era como se ele tivesse sido feito unicamente pra mim. Era bom sabe, andar com os dedos entrelaçados ao dela, olhar e ver ela sorrindo de volta só por eu estar ali. Parecia um sonho, ou até mesmo mais um caso de amor, daqueles que não duram alguns dias, mas tinha algo a mais, eu estava apaixonado por essa garota, pelo sorriso, pelo jeito, por que absolutamente tudo nela me encantava, me deixava bem, me faz bem, me fazia sorrir com tão pouco, com o minimo dela, e aquilo já era o combustível pra minha felicidade. Antes de eu ir embora, olhei fixamente em seus olhos, e a pedi em namoro, ela aceitou na hora, com um olhar que até hoje não sai da minha cabeça.

(2° mês) - Um mês havia se passado. (APERTE O PLAY)

Fevereiro 14 - E a cada dia que passava eu a conhecia mais, a decifrava mais, conhecia as manias, as que eu amo, as que me irritavam, os gostos pra comida, pra filme, pra absolutamente tudo. Era incrível como a cada vez que nos víamos ela me deixava mais e mais feliz, a querendo mais. O cara grosso, frio e amargo que não gostava desse lance de namoro, estava completamente rendido aos pés de uma grande mulher, pena que ela não sabia que ela era sim, tão grande como eu a descrevera. O mês passou rápido, e foi bom, pois eu sabia o que eu tinha nas mãos e que deveria segurar, agarrar com força pra que durasse muitos outros.

(3° mês) Março 14 - Sabe do que eu mais gosto em você? do seu sorriso, calma, eu sei que você odeia ele, que acha ele feio, mas tudo bem, deixa que eu acho ele lindo pra você. E sabe o por que eu gosto tanto dele? por que a maioria das vezes são pra mim, por mim, apenas com a minha presença, não sei se você percebe, mas você me olha meio do nada, eu olho de volta e você fica vermelha, e continua sorrindo, não existe coisa mais linda que isso. Sua voz que me dava sono de tão doce, hoje era o motivo de eu acordar cedo, e alegre por saber que tenho você, é muita coisa ter você, mulher igual eu não acho, e sim, eu digo mulher pois não a vejo como uma garotinha frágil e indefesa, embora seja sim, uma garota doce, meiga, que se faz de forte e durona. Mas isso nunca colou pra mim, eu nunca acreditei nisso, essa sua armadura estava frágil demais, e quando eu cheguei ela caiu aos meus pés. Quando se passaram 3 meses você percebeu que eu não iria embora, não iria desistir igual aos outros, e que iria continuar do seu lado mesmo depois de tantas coisas.

(4° mês) Abril 14 - Estávamos muito bem, nada nos abalava, e nem podia, afinal eu tinha você, você tinha a mim, todo pra você e eu sabia que você só pertencia a mim. Nesse mês eu percebi algo que eu nunca contei pra você, ou nunca mencionei. Eu enfim tinha a certeza de que a gente tinha passado de um possível namoro virtual pra um de verdade mesmo, com sorrisos de perto, abraços demorados entre outras coisas. Que sonhar com você era bom, pois eu ia ter você em meus braços, que planejar algo com você era melhor ainda, pois faríamos tudo juntos depois. Eu percebi que você não fez igual as outras, você fez a diferença na minha vida, mudou ela radicalmente, me deu motivos pra ser feliz, e que você não iria embora, não me abandonaria e aguentaria tudo do meu lado. Chorei muitas noites com medo de perder você, de deixar você ir pra longe de mim, de cometer algum erro e perder você pra alguém melhor. Mas eu já tenho a certeza, mais do que absoluta de que os eu amor, ele é só meu, e que jamais alguém vai cuidar de você como eu, ou te amar da mesma forma.

(5° mês) Maio 14 - Sabe TODAS as minhas antigas histórias de amor? eu queimei todas e fiz uma fogueira pra aquecer a nós dois. Peguei uma nova folha de papel e escrevi o seu nome nela com o meu sobre nome, e a partir dai a gente escreve a nossa história. Por que de todas as minhas histórias, você é a minha preferida.

De Junior Araujo - CL69 Para Mariana Gomes

“Pensei em sumir. Desaparecer. Despistar. Fingir. Só que eu não vou. Vou me esforçar e acreditar que tudo vai ficar bem. A esperança nos mantém vivos, certo? A fé nos faz andar para a frente, certo? Então tá certo. Ficamos combinados dessa forma. Não espere poesia, linhas bem feitas, palavras bonitas. Simplesmente não posso. Agora não. Não sou de ferro. E está doendo.”
Clarissa Corrêa