sábado, 17 de março de 2012


 Eu vou te ligar às quatro e meia da manhã só para escutar sua voz. Vou tentar te acordar, vou te irritar, vou mandar mensagens até você se estressar, vou fazer de tudo pra você pegar o telefone, me atender e me dar um mínimo de atenção. Mas promete que você não vai se importar. Eu vou engolir treze xícaras de coragem, seis de calma e vinte e quatro de apego, apenas para fazer isso. Depois de ter meu objetivo alcançado, farei com que você não desligue e então, cantarei para ti alguma coisa doce, alguma música que acalmará teus ouvidos, teu coração, tua raiva da minha ousadia. Quando você estiver de olhos fechados, respirando lentamente e provavelmente sonhando com alguém, eu lhe desejarei boa noite sabendo que você não responderá, desligarei, e irei me deitar. Obviamente, antes de pegar no sono, você fará passeios em meus pensamentos e logo depois se tornará o protagonista dos meus sonhos. Eu vou acordar antes de você, vou preparar aquele bolo de chocolate e um suco, às onze e trinta e oito estarei na porta da sua casa. Irei fazer a campainha berrar até você comparecer à porta com a sua cara de sono, seu rosto marcado pelo travesseiro e o celular que você dormiu em cima. Terei a ousadia de entrar na sua casa sem convites, colocarei o bolo sobre a mesa e começarei preparar um suco de sua preferência. Eu vou assistir você se trocar, espero que não se importe. Vou opinar na sua roupa, e depois que você arrumar o cabelo, bagunçarei ele de proposito. Vou te roubar um beijo. Vou fazer um carinho no teu rosto ainda marcado e puxarei você para o café-almoço da manhã. O seu bolo vai estar cortado, o seu suco vai estar com duas pedras de gelo, assim como você gosta. Eu vou assistir você comer enquanto eu sinto milhares de perguntas passarem por sua mente. O que eu estou fazendo aí, na tua casa, na tua cozinha depois de ter roubado um beijo seu? O que eu estava, estou, estive pensando? Você irá sorrir, como de costume, e eu irei me derreter, como é de praxe. Não vou ligar a tv, porque o barulho será minha cantoria pra você. Irei me desculpar pelo exagero da madrugada e a vinda repentina na manhã. Eu vou embora sem dizer tchau e ao chegar em casa, às duas e quarenta e três, vou tomar um banho pensando em você.Mas me promete que você não vai se importar. Eu vou ser uma espécie de carma na sua vida e ao mesmo tempo vou ser teu anjo. Tua pequena. Tua. E me promete que você não vai se importar se eu gritar, se eu exagerar, se eu morrer de ciúmes de você com suas, ahn, amigas.Eu vou te prometer, vou te mimar, te fazer cafuné. Mas promete que você não vai se importar. Eu vou tropeçar em mil palavras, vou cozinhar, vou esbarrar, vou fazer café, bolo, doces, mil coisas para agradar você. Eu vou te irritar, vou te morder, vou cantar, vou fazer loucuras! Mas promete que você não vai se importar. Eu vou ser exclusivamente sua, mesmo que você não seja meu. Eu vou te mandar mensagens de madrugada se você não enviar nenhuma para mim, vou encher sua casa de bilhetes, sua cabeça de planos e seu peito de amor, pois eu sei que daqui alguns anos, isso vai ser bastante significativo.Promete que não se importa? É, tipo, não vai se importar com meu jeito tão demonstrativo, tão exagerado, tão sei lá, com esse amor que eu sinto, com essa necessidade, com essa vontade. Só me promete o que eu preciso que você prometa, cumpra, eu te prometo de volta. Eu vou te amar, vou colocar seus sentimentos em prioridade. Mas só se você for recíproco com isso.” (observad0ra)

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