sábado, 7 de abril de 2012

                   
Sério, pensei que eu era mais forte, que não iria ter recaídas. Eu pensei. Mas ai, do nada, você aparece novamente em minha frente, tentei não demonstrar o que estava sentido, no entanto, por dentro, eu estava completamente desregulada. Sentia uma imensa alegria e ao mesmo tempo uma tristeza, uma angústia. Como sempre, as minhas penas ficaram trêmulas, meu coração acelerou, meu estômago embrulhou, e, como se não bastasse, o único lugar vago era ao meu lado. Ao meu lado. Sentou-se ali então, senti aquele seu cheiro. Ah! Aquele seu cheiro delirante – não olha pra ele, não olha pra ele, não olha pra ele – repeti em vão no pensamento. Ele estava usando aquela camisa que eu adoro. Tudo estava começando novamente. Tudo, absolutamente tudo. Um filme passou pela minha mente, eu pensava em tudo e ao mesmo tempo em nada. Foi a pior e a melhor sensação que senti desde a última vez que te vi. Por quê? Me diz! Está tudo tão confuso, eu tinha esquecido você, eu tinha […] Ficamos calados até o fim da viajem, sem dizer ao menos um oi. Nós dois. Ali. Calados. Seu cheiro. Minhas pernas trêmulas. Meu coração acelerado. O estômago embrulhado. As lembranças. A saudade. A única coisa que restou, a saudade do que não aconteceu. 

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