sexta-feira, 20 de abril de 2012


Carta de uma suicida deixada no banco.
Agora não me quero me lembrar de mais nada, quero apenas me esquecer. Esquecer de tudo que ouvi e que passei. Chame de drama, chame do que quiser. Quero apenas tirar essa dor que me tortura, que me faz passar noites e noites acordada. O mundo está um lugar tão sujo! Meu coração sente falta de carinho, todos jogam tudo em cima de mim! Oh Deus! Procurei um caminho melhor, não achei. Não me lembro como me sentia antes, não me lembro de como era, mas só sei que sinto saudade; me sinto sozinha, sinto como se tudo estivesse indo embora, e eu não conseguisse dar um passo pra frente. Todos me esqueceram. Nunca ninguém consegue me ouvir, estou sorrindo, mas estou quase chorando. Desculpe mamãe e papai, polpei muito dinheiro da escola pra vocês, mas vejam só agora não precisam se preocupar comigo, vocês quase nunca se preocupam. Dói? Dói, mas a gente acaba se acostumando né. Facada dói, mas palavras ao serem usadas sem saber doem muito mais. O drama sempre me acompanhou, e quando vou tentar expressar meus sentimentos, as pessoas os rotulam como dramas. Quero paz na minha vida, quero sossego, chega de lágrimas […] Tive que tomar uma decisão e por fim tomei essa. Parecia vazio, sem nada, sem rastros. Era apenas meu coração, batendo sozinho na solidão. Desculpe por tudo, não queria ter feito tudo o que fiz mas não tive muitas escolhas. Algumas portas estavam fechadas e cada vez o panico tomava conta dos meus pensamentos e eu ia ficando sem espaço pra mim mesma. O vento bate em meu rosto e vejo minha hora chegando. Mas mamãe eu sempre fui uma pequena suicida..”
Meel (e-mptys)

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