domingo, 11 de dezembro de 2011


Se não era amor, o que chegou a ser? […]
Desde pequena, meus pais me ensinaram valores éticos. Valores esses, que carreguei comigo pela vida toda. São valores, que me tornam uma pessoa do bem. Uma pessoa generosa, confiante e amiga de todos. Sempre fui, o tipo de garota quieta, silenciosa, tímida, que se abre para poucos. Minhas amizades, eu conto nos dedos. São poucos, bem pouco, mas são verdadeiros, são eterno. Eu sou aquela garota, que é muito sincera. Mas, ao mesmo tempo, tem medo de machucar alguém com suas palavras. 
E eu, aos poucos, fui me abrindo por novas amizades. Querendo um pouco, sentir novas emoções, e sair um pouco do seu mundinho. Eu conheci você, uma doce pessoa. Um garoto do bem. Como eu. E eu conversava com você, eu descobria que tínhamos coisas em comum. Coisas, que me fizeram ir se aproximando de você cada vez mais. E com o tempo, fui me apegando a você. Não conseguia passar um dia sem conversar com você. Mas o estranho, é que eu conversava com você pelo computador, pelo celular. Nunca tinhamos conversado pessoalmente.
Eu já tinha visto você na escola, com seus amigos. Me batia uma louca vontade de ir conversar com você, mas a timidez me impedia. Eu, toda envergonhada, chegar até você e conversar com você, no meio de seus amigos. O que eles iam pensar? O que você ia pensar? Mas deixa, outra hora eu vou. Mas, o que eu não tinha percebido ainda, é que eu pensava em você toda hora, todo instante. O primeiro nome que eu pensava era você. Eu queria chegar em casa logo, e poder conversar com você. Poder contar como foi meu dia, e ver você contando como foi o seu.
E no mesmo instante, eu senti uma onda de sentimentos, esses que não sei explicar. Eu queria estar ao seu lado, queria ter abraçar, te dar carinho, dormir com você. Fazer todas as coisas que eu imaginei quando era mais nova, quando eu queria ter um namorado. Queria poder te ter aqui comigo, e fazer todas as loucuras com você. Eu queria poder te chamar de meu, de anjo, de meu pequeno garoto.
Nós estamos cada vez mais próximo, e eu necessitava falar tudo o que eu sentia por você. Mas, novamente a timidez me pegou. Eu não conseguia falar, porque eu tinha medo da sua reação. Eu tinha medo do que ia acontecer. E se você simplesmente me dissesse que você não gostava de mim, e se gostasse de outra menina? Pois, e aconteceu. Você me disse isso, mas eu não disse o que eu sentia por você. E ao mesmo tempo, eu me senti machucada, traída. Traída por uma pessoa que nunca foi meu. Que nunca ao menos, eu pude abraçar. 
[…] agora, eu só digo uma coisa “seja feliz, só isso que te peço”.
- Bruna Amaro

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