segunda-feira, 7 de maio de 2012

                  
“Quando deixamos alguém fazer parte de nossa vida, quando nos tornamos vulneráveis mostrando o nosso pior e o nosso melhor para alguém, é impossível não perder o chão, não faltar o ar, não dar aquele aperto no estômago, não se amedrontar ao cogitar a possibilidade de tal pessoa não fazer mais parte de nossa vida. E nos perguntamos: O que será de mim sem “ele”? Quando nos apegamos se forma intensa à alguém, ficamos sempre bitolados em metas inatingíveis, alimentando sonhos irreais e ignoramos o que está a nossa volta. Colocamos a pessoa em todos os nossos planos e ânsias, encaixamos cada pedacinho deste alguém no nosso futuro. Colocamos essa pessoa sempre em primeiro lugar nas nossas prioridades e ás vezes esquecemos até de nós mesmos. Criamos diálogos e momentos e esperamos para que isso aconteça, mas esquecemos que não é assim que funciona. A vida não é uma novela com um roteiro ensaiado e cenário perfeito. A realidade em que vivemos vai muito além de momentos felizes e clichês incorrigíveis. Não podemos deixar que o nosso mundo gire em torno de um único alguém, mas infelizmente, isso naturalmente acontece quando estamos em fortes laços com uma pessoa. Às vezes lembramos tanto de alguém, que acabamos de esquecer de nós mesmos. E todo esse apreço poderia ser denominado como amor. E quando amamos ficamos cegos, ou melhor, retardados. Enxergamos os defeitos, mas aceitamos de forma inaceitável algo que deveria ser corrigido. Quando amamos alguém, fechamos os olhos para o nosso redor e para nós, é como se só existisse um foco para a nossa visão. Criamos metas, sonhos e idealizamos um futuro com essa pessoa. Quando amamos esquecemos da nossa própria felicidade para fazer o outro feliz. Quando amamos deixamos de lado as nossas vontades para realizar os desejos do outro. Mas o que realmente precisamos quando o tal do amor nos ataca, é descer das nuvens e enxergar a nossa realidade, que por sinal, costuma ser dura. Precisamos nos colocar em primeiro lugar e para de depender tanto do outro para tudo. O que nós, seres humanos, precisamos é de saber amar o outro de forma intensa sem perder o amor próprio, é saber construir uma vida à dois sem perder o foco da sua vida individual. Afinal, todos nós nascemos e morremos sozinhos nesse mundo, e para sermos sinceros, não precisamos de ninguém para viver.” — Lays Keller

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