domingo, 13 de maio de 2012

                
E lá estava ela, aquela linda menina, tão doce, tão ingênua, tão verdadeira, mal sabia que um dia tanta intensidade a machucaria, porque afinal de contas, ninguém nunca imaginaria que sentimentos bons pudessem magoar alguém, mas a grande verdade, é que não são os bons sentimentos que nos magoam, são aquelas pessoas que não possuem a capacidade de aproveitá-los, ou ao menos respeitá-los. Se encontrava tão sorridente, com o coração cheio de amor, porém possuía um grande defeito, e tinha conhecimento do mesmo, a doce menina confiava com muita facilidade nas pessoas, se deixava levar por qualquer sorriso bonito, por qualquer rastro de felicidade, por uma fresta de luz, e se encantava com palavras bonitas, sem ao menos saber que muitas delas eram ditas da boca pra fora. Em um dia como todos os outros, a doce menina se encontrou perdida, sim, perdida, como num beco sem saída, viu todos os que confiava, todos os seus ”amigos” apontando dedos para ela, julgando-a, e se perguntava se estes não lembravam de todas as coisas boas que fizera para eles, se perguntava se não se recordavam das longas conversas, das trocas de confidências, dos abraços compartilhados, dos conselhos confortantes seguidos de ”estarei aqui, com você, para sempre.” A partir desse momento a doce menina se tornou fria, congelou seus sentimentos, e ainda que existam, estão escondidos, precisam de uma chave para serem vividos, e esta só aparecerá quando a doce menina sentir a verdadeira sinceridade, não em palavras bonitas, palavras ditas da boca pra fora, mas em gestos, em brilho nos olhos, a doce menina precisa de atitudes, porque falatórios o tempo leva. Atrás de toda a frieza, se esconde uma frágil menina, com um coração partido em mil pedaços, que chora todas as noites, por sentir falta de um tempo fajuto, um fajuto imperceptível para ela, mas que a fez feliz, e embora sinta um enorme desejo de voltar a ser radiante, sente medo de perder o que resta de um coração abatido, sente medo de perder o que resta de bons sentimentos, e ao contrário de muitos, não culpa esse frágil coração por ter acreditado sempre nos que viviam ao seu redor, porque afinal de contas, um perfeito coração está sempre disposto a amar, e não existe mal algum nesse desejo. Apesar de todos os conflitos emocionais, a doce menina continua distribuindo sorrisos, ela percebeu que deve cessar o choro, porque os que não são dignos de seus sorrisos, também não serão dignos de suas lágrimas.       Source: e-veryb0dyhurts

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