“Ah, saí dessa garota. Deixa de se iludir com esses filmes de romances, e essas drogas de livro escritos exatamente para nos fazer acreditar em um amor surreal que não existe. É, desculpa ter que dizer, mas não é preciso procurar muito pra ver que certos tipos de relacionamentos não são construídos na base do tal amor, e sim da paixão, ou melhor, relação carnal. Enquanto a idiota tá lá, maravilhada, pensando que o cara valoriza ela por tudo que ela é, não imagina que ele tá contanto os segundos pra levar ela pra cama. Parece grosso da minha parte dizer isso, mas só não enxerga quem quer. Tá faltando valorização nas mulheres de hoje. Não é pra deixar um cara qualquer chegar falando o que você pode ou não fazer, estabeleça suas prioridades. Para de fantasiar, e pisa no chão de uma vez, eu tô vendo voar por aí, na expectativa de algo ridículo, de um amor perfeito que nunca vai existir. Você é um poço de imperfeições, e o cara também, se mesmo assim vocês conseguirem se suportar, aguentar as merdas que um faz com o outro, já podem se considerar sortudos. Amar não é essa baboseira que espalham por aí, nos outdoors, nos filmes e nas novelas. Pra entender sobre ele, você nem precisa ter muita experiencia na verdade, só precisa abrir seu olhos mesmo e parar de acreditar em tudo que é visto e ouvido. Sabe o que é amar? É conseguir passar a vida ao lado da mesma pessoa, todos os dias, encarando os problemas, o mal humor, o desanimo, a frieza, e ainda assim sentir falta dela quando não estiver por perto. Amar é lidar com os erros, as imperfeições e passar por eles, sem dá importância. Cara, essa droga não é fácil. E tu ainda chega pro cara, depois de um fica e diz na cara limpa: “Eu te amo.”? Primeiro, vai saber o significado dessa palavra pra depois sair dizendo pra qualquer um por aí. A gente ama aquilo que a gente conhece, e não o que acabou de descobrir. ”— Lohanna Mota