sábado, 14 de julho de 2012


“É, ele me viu. Eu estava sentada no mesmo lugar, no mesmo horário em que ele sempre passava por mim, no meio do parque em que ele sempre ficava com seus amigos, e eu com meus pequenos sonhos. Abaixei minha cabeça bem na hora em que meus olhos alertaram em que os dele estavam a procurá-los, mais do que depressa entrei em defensiva e me escondi, envergonhada e orgulhosa ao mesmo tempo. Meus cabelos logo tamparam meu rosto, fingi-me de morta para não ter que mostrar que estava morrendo por dentro. Ele estava longe mas podia sentir meus batimentos onde estava se prestasse atenção em mim, e ele estava prestando. Consegui disfarçar meus olhares por entre meus cabelos e observar como ele estava lindo hoje. O estranho era que ele nunca sequer olhou para minha direção, por que logo hoje ele foi olhar para mim? Ele olhou para mim? Olhou? Eu estava tão simples, tão vulnerável ao seu encanto, àqueles pequenos olhos, aquele sorriso… Por Deus, ele sorriu para mim! Ou para alguém que estava atrás, mas deixe me iludir e pensar que era para mim, e quem sabe amanhã posso dar um olá, ou talvez apenas um cumprimentar de cabeças balançantes, e meu coração explodiria, minha vida começaria a tomar sentido, e o amor passaria de pequenos trechos de um diário para uma vida nova, uma conquista nova, um sorriso bobo, e um beijo. Mas enquanto isso não acontece, vejam, ele olhou para mim, sorriu para mim, e inundou meu corpo de paixão.”
Ana, “Ele sorriu para mim!” (Intercalados)

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